Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

Propostas para a Ribeira de Talaíde - por colegas do PART

Pedimos às nossas colegas que trabalham no PART que escrevessem um texto que identificasse os principais problemas da Ribeira de Talaíde e que mostrasse as soluções propostas para esta zona da freguesia. Isto foi pedido às nossas colegas pois elas estão a trabalhar em pormenor nesta zona da Ribeira logo têm mais conhecimento sobre o assunto.

 

Elas escreveram um texto muito completo que vamos aqui postar:


"Introdução:


Após várias visitas à ribeira, identificámos os principais problemas da área:

 

  • A poluição (sacos de plástico, garrafas, latas, etc) existente nas margens e leito da Ribeira: Pensamos que este problema será minorado assim que a zona envolvente for melhorada, já que a população passará a usufruir mais do lugar, vendo-o como um local a preservar e manter limpo.
  •  

  • A falta de uma ponte permanente para peões no jardim: embora no local exista uma ponte provisória, feita por alguém da localidade, esta não oferece segurança aos utentes, para além de que, nos dias mais chuvosos, se torna impossível passar por ela.
  • Zonas Degradadas: Existem várias zonas degradadas ou subaproveitadas ao longo da ribeira: mais a jusante, mesmo à beira da estrada, existe uma casa que se encontra abandonada e degradada, praticamente no centro de Talaíde; a zona da margem direita do jardim que é actualmente um descampado; a zona mais a montante (após o jardim) onde se encontram as hortas, mas que se encontra, também, com detritos;

A par com estes problemas surgem também as várias potencialidades da zona:

 

O Jardim: Já no ano anterior (2007) tinha sido iniciada a construção de uma parte ajardinada na margem da Ribeira. Actualmente possui já bancos, papeleiras e um parque infantil, para além do ringue, e é usado frequentemente pela população como espaço de lazer.

  • As Hortas: Embora sejam também responsáveis por parte da poluição e degradação, pensamos que são uma mais valia, já que são uma forma da população usufruir da ribeira, estando em estreito contacto com ela.
  • O moinho: Praticamente no limite a montante do nosso troço encontra-se um moinho abandonado e que já não funciona. No entanto poderia ser novamente restaurado e a sua água usada nas hortas ou, se fosse possível implementar algo semelhante perto do jardim, usar a água para a sua rega.

Tendo em conta estes factores, a nossa proposta ia no sentido de dividir a zona considerada em três partes: uma zona ajardinada, uma zona que preserve o ecossistema ripícola natural e uma zona de hortas.

 

Jardim:


Como já referimos, esta tem sido a zona que tem sido construída ao longo dos últimos dois anos. É uma zona de grande importância para a população que assim pode ter um espaço ao ar livre para o lazer, combatendo não só o stress como o estilo de vida sedentário. É no entanto importante tentar manter um equilíbrio entre o ecossistema da ribeira e as actividades desenvolvidas perto e ao longo dela.

Tendo isto em conta, é necessário um especial cuidado com a flora introduzida nesta área. O ideal seria optar por espécies autóctones, que não só são mais resistentes, como também proporcionam abrigo e alimentos aos animais ali existentes. Por outro lado, e como é praticamente impossível ter um jardim sem relva, espécie que gasta muita água, era interessante tentar aproveitar a água da própria Ribeira para a rega (como aliás já se faz nas hortas).

Quanto a equipamentos, pensamos que seria interessante dotar o jardim de um pequeno circuito de manutenção, de forma a incentivar a prática de exercício físico. Outro equipamento essencial é também uma ponte fixa que permita a passagem entre as duas margens. E, porque não, tirando o máximo de partido da ponte, aumentar a parte ajardinada também para a outra margem, envolvendo completamente a ribeira nesse jardim.

 

Zona Verde:

 

O objectivo para esta zona seria mantê-la o mais natural possível, de modo a preservar a flora natural da ribeira e de modo a que os animais pudessem ter ume spaço mais calmo para se abrigar e alimentar. Esta zona teria também uma vertente pedagógica, já que permitiria à população contactar mais de perto com um ecossistema natural. Esta zona teria primeiro que ser intervencionada, delimitando-a e eliminando-se ao máximo as espécies invasoras (na maior parte as canas). Após esta intervenção esta zona exigiria poucos cuidados, já que o ideal é que o ecossistema se desenvolva sem a intervenção humana. Para que a população pudesse também usufruir desta zona seria importante fazer um caminho dentro dela acompanhada por placas explicativas e identificadoras de várias espécies.

 

Zona de Hortas:


Como já dissemos anteriormente, pensamos que uma parte das margens da ribeira devia ser dedicada à "agricultura urbana", não só porque é já essa a sua ocupação actual como também porque traz vários benefícios à população. Para alguns esta é uma actividade lúdica e que permite continuar a ter algum contacto com o meio "rural", enquanto que para famílias mais desfavorecidas as hortas são uma fonte de alimentos e de rendimentos.

Pensamos que seria importante aproveitar o antigo moinho e recuperá-lo para que os agricultores pudessem mais facilmente obter água da ribeira, assim como fornecer outros apoios necessários para a construção de cercas e casas de abrigo, de modo a minorar o aspecto degradado. Isto não só melhoraria a actividade dos agricultores como os responsabilizava por manter o seu espaço limpo e cuidado, contribuindo para uma menor poluição da ribeira.

 

Conclusão:

 

Uma vez que todas estas actividades giram em torno da ribeira é óbvio que a qualidade da sua água é um factor essencial para o bem estar da população, já que pode ser um foco de doenças. Por isso seria necessário analisar com regularidade os vários parametros físico-quimicos e também fazer algum tpo de monotorização do troço de modo a garantir que não há abusos por parte de ninguém e que os habitantes da Ribeira são respeitados."

 

 

Foi esta a reflexão que as nossas colegas fizeram mostrando o que se pode fazer pelo bem-estar da natureza e da população.

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por Ecopolis10 às 14:47

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